É, sempre pelas histórias que escutei na minha infância e as que conto aos meus alunos, pude constatar que ele não é bonzinho não. Ele é mau! Sendo assim, também posso dizer que ele é do mal. Mas como assim? Qual a diferença entre o uso do ‘mau’ (com U) e o ‘mal’ (com L)? Vamos esclarecer: Mal: Eu poderia dizer que o ‘mal’ pode ser um substantivo ou um advérbio. Mas podemos entender essa questão de forma muito mais simples: usamos o ‘mal’ com L sempre que formos nos referir ao contrário de bem. Vejamos alguns exemplos: - Ele escreve mal. (Ele escreve bem.); - A festa foi mal planejada. (A festa foi bem planejada.); - Ela foi mal interpretada. (Ela foi bem interpretada.). Mau: Agora, o ‘mau’, por sua vez, pode-se dizer que ele equivale ao contrário de bom. É muito simples. Veja só: - Disseram que ele era mau caráter. (Disseram que ele era bom caráter.); - O mau exemplo não deve ser seguido. ( O bom exemplo deve ser seguido.); - Seu amigo não é um mau indivíduo. (Seu amigo não é um bom indivíduo). Mole, mole, né galera? O lobo é mau porque não é bom e, é do mal, porque não é do bem. |
É um universo muito nosso – e desconhecido, o da língua portuguesa. Poucas vezes pensamos nela direito, tão habitual o seu uso, tampouco nos despregamos de seus efeitos. A língua que usamos revela o que somos, e nem sempre nos damos conta. Está na música, na arte, no trabalho, na política, em toda a cultura, trai preconceitos, as ênfases do passado e os papéis que adotamos nas nossas relações sociais.
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domingo, 7 de novembro de 2010
O Lobo é Mau ou é Mal?
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