Senão eu te pego? Ou, se não eu te pego?

Depende!

Alguma vez, tu chegou a ficar em dúvida se deveria usar o ‘senão’, tudo junto, ou o ‘se não’, separado?



Bem, eu sempre peço dicas para o pessoal sobre o quê escrever, sobre o que as pessoas têm dúvidas, que eu possa estar esclarecendo aqui no Palavrório. E, em uma dessas (isso, negrito, pois serve para agradecer a pessoa que pediu o assunto) conversas, me disseram: "Eu tenho dúvida em usar ‘senão’ ou ‘se não’." Afinal, há diferença no modo de usá-lo? Há sim! E vamos conferir:

Se não:

Este aí, o ‘separado’, usamos quando o que formos dizer equivaler a "se por acaso não", "caso não". Vejamos os exemplos:

- Espero que não me culpe se não der certo. (Espero que não me culpe se por acaso não der certo.);

- Se não der para você vir, não tem problema. (Caso não dê para você vir, não tem problema.).

Senão:

Agora, este, o ‘tudo junto’, usamos quando o que formos dizer equivaler a "caso contrário", "a não ser". Vejamos:

- Se o clima estiver bom você vai, senão não vai. (Se o clima estiver bom você vai, caso contrário não.);

- Não lhe resta outra coisa, senão pedir perdão. (Não lhe resta outra coisa, a não ser pedir perdão.).

Ou seja, o ‘se não’ tem a função de mostrar uma condição. Já, o ‘senão’ tem uma função adversativa (contrária).